SCFV - PEQUENOS NOTÁVEIS
05/02/2013 14:38PROJETO PARA AÇÃO COM CRIANÇAS
DE 6 À 9 ANOS NO CRAS PROGRESSO E FUNDO CANOAS
ASSISTENTE SOCIAL - VENERIANA BARDT DE SOUZA
PSICÓLOGA – ANE CAROLINE SOBOTA
EDUCADORA SOCIAL - SILVIA BATISTA
APRESENTAÇÃO
Hoje Rio do Sul conta com quatro CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). O CRAS é um espaço físico, coordenado pelo município de Rio do Sul e composto por uma equipe de profissionais de serviço social e psicologia. No CRAS, trabalham também Educadores Sociais, auxiliares de serviços gerais e apoio administrativo.
EXPERIÊNCIA PRÉVIA
São várias as atividades desenvolvidas no CRAS dentre as quais destacamos:
- PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A FAMÍLIA – Seu principal objetivo é fortalecer a convivência familiar e comunitária. O PAIF desenvolve atividades de acolhida, informação, orientação e promoção de acesso à renda, além de acompanhamento socioassistencial às famílias e articulação com outras políticas públicas. A ideia é fortalecer a família e promover a sua integração na comunidade, através do diálogo e prevenção à riscos sócias. Isso é feito a partir do desenvolvimento do protagonismo e autonomia das famílias.
- SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS – São serviços realizados em grupos de acordo com a realidade local. Dentro deste serviço são desenvolvidas as seguintes ações: 1- PROGRAMA MUNICIPAL CIDADÃO CRESCENTE – Participam deste, crianças e adolescentes de 10 à 14 anos de idade. As atividades desenvolvidas no PROGRAMA transmitem informações que resultam na formação de cidadãos conscientes, críticos e participativos. 2 – SERVIÇO SOCIOEDUCATIVO PROJOVEM ADOLESCENTE – Programa realizado em parceria com o Governo Federal. Os adolescentes participam de atividades artísticas, de integração, culturais e de lazer, criando meios para melhorar a convivência familiar e, também, condições para sua entrada, retorno e permanência na escola. Para participar o adolescente precisa ter entre 15 e 17 anos. Ele deve fazer parte de uma família beneficiária do Bolsa Família e pertencer a uma família com perfil de renda do programa, inscrita no Cadastro Único, mas que ainda não receba benefícios. 3 – OFICINAS COMUNITÁRIAS – Trabalham a integração família comunidade, incentivam a socialização, convivência e a promoção da qualidade de vida através de: Artesanato, Costura em Jeans, Ginastica para a Terceira Idade.
- SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSAS – Atende as pessoas que, por alguma limitação, não podem chegar às unidades de atendimento. Por esse motivo, os profissionais se deslocam às residências e desenvolvem atividades que melhoram a autoestima e o convívio familiar, resultando em mais qualidade de vida.
RECURSOS FÍSICOS
Uma casa com 8 cômodos, geladeira, fogão, forno micro-ondas, 1 DVD, 1 televisor 29 polegadas, 1 aparelho de som, 3 computadores, mesas e cadeiras.
RECURSOS HUMANOS
Equipe técnica:
- 1 Coordenador,
- 1 Assistente Social,
- 1 Psicólogo,
- 1 Educador Social,
- 1 Auxiliar Administrativo,
- 1 Auxiliar de Serviços Gerais.
PROJETO: AMINHA HISTÓRIA, A SUA HISTÓRIA: CONSTRUINDO HISTÓRIAS.
RESUMO
O CRAS esta iniciando o Projeto A minha história, a sua história: Construindo histórias, por acreditar que por meio deste se irá desenvolver atividades socioeducativas com crianças de 6 à 9 anos, onde estas estarão proporcionando o desenvolvimento das potencialidades das crianças. Todo trabalho é baseado nas teorias construtivistas, onde as crianças começam a aprender a partir de suas próprias vivências, na busca pela melhoria da qualidade de vida, nas comunidades de baixa renda. As atividades realizadas com as crianças irão contemplar temas que abordam questões como Cidadania, Sexualidade, Drogas, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Família, Estatuto da Criança e Adolescente, etc.
JUSTIFICATIVA
Numa escola ou CRAS que prima pela democracia, apoiados em práticas conscientes de cidadania e ética, faz-se necessária à reflexão sobre a crescente falta de interesse das crianças, na busca de novas aprendizagens. Tem sido muito difícil para as escolas e os programas socioassistenciais reverterem esse retrospecto atual, principalmente com as crianças, das classes sociais menos favorecidas. Cabe considerar que esta situação leva os mesmos a fracassar em sua vida escolar e consequentemente em sua vida futura.
Por mais que teóricos da educação busquem por explicações para esse quadro atual referente à aprendizagem, não há nenhuma explicação plausível no momento. Em geral encontram-se algumas afirmações dizendo que tal fato tem ocorrido mediante as crianças, estarem menos “maduras” para aprender. Ou então, criticam-se os pais por sua falta de interesse pelo desenvolvimento do filho e por sua aprendizagem. O ambiente de pobreza também é citado como responsável por essa situação. A escola também tem recebido sua parcela de culpa, pois tem baixa expectativa quanto ao rendimento dessas crianças e aceita com facilidade a ideia de que as crianças menos favorecidas economicamente têm o desempenho escolar fraco como “destino”. Não se pode esquecer do governo, a quem todos atribuem a responsabilidade por não investir na educação pública e em políticas públicas que venham de encontro a estes problemas citados.
Para melhor entender a falta de motivação das crianças, por novas aprendizagens é preciso primeiramente cessar as buscas por um culpado e ter a percepção que a escola, os programas socioassistenciais, o sistema geral de ensino e a sociedade jamais funcionarão individualmente. O que acontece na escola, no CRAS é reflexo do que ocorre na sociedade na qual ambos estão inseridos. Valores, crenças e prioridades ultrapassam não só os portões das escolas, mas também dos programas socioassistenciais e estão relacionados com a vida e o trabalho nelas desenvolvido.
As pessoas que trabalham tanto nas escolas como nos Programas socioassistenciais, bem como as famílias atendidas por estes, são cidadãos de uma mesma sociedade e assim sendo, possuem a mesma gama de valores, crenças e prioridades. Portanto, para a superação da falta de interesse das crianças, pela busca de novas aprendizagens é necessário que a escola, pais, programas socioassistenciais e a própria sociedade tomem consciência e promovam medidas eficazes contra o problema.
OBJETIVO GERAL
Coerente com a proposta apresentada pelo tema A minha história, a sua história: Construindo histórias, o desafio do projeto é assegurar que durante as práticas socioeducativas estar-se-á sempre priorizando a construção da identidade social de cada criança, permitindo que progridam, criem consciência e possam fazer algo por si mesmas. Tal objetivo parece longínquo, mas por intermédio de ações simples e com comprometimento é possível torna-lo uma realidade.
OBJETIVO ESPECÍFICO
- Possibilitar a criança conhecimento progressivo das suas potencialidades, nas dimensões biológicas, psicológicas e sociais.
- Desenvolver a interrelação pessoal e inserção social, na busca do conhecimento e do exercício da cidadania.
- Promover as relações humanas de toda comunidade, de forma que todos se integrem vivenciando valores, atitudes, ideais para a plena formação do cidadão.
PÚBLICO ALVO
O CRAS Progresso - Fundo Canoas tem diagnosticado durante seu período de atuação, problemas singulares de evasão escolar, déficit significativo de aprendizagem advindo muitas vezes da desestruturação cultural e renda familiar.
Devido a situação sócio econômica da comunidade, ainda existem situações precárias de moradias, de saneamento. Há famílias que residem em casas onde o saneamento básico é muito ruim. Muitas destas famílias vivem com renda mínima, recebem bolsa família e ajuda de outras entidades sociais, religiosas e assistenciais.
Percebe-se em muitos casos nos adolescentes e crianças a falta de motivação para as atividades escolares, bem como, participar das ações ofertadas pelo CRAS no bairro devido a baixo autoestima, oriunda muitas vezes das condições sociais e culturais.
Por estás razões existem crianças, adolescentes que entram no mundo adulto muito cedo, lutando pela sobrevivência e nem sempre percorrendo caminhos lícitos.
Muitas crianças, adolescentes percorrem caminhos ilícitos onde acabam por encontrar as drogas, os assaltos, a exploração sexual infantil entre outros, causando desta forma um grande mal para si, para a família e para a comunidade onde vivem.
CRONOGRAMA
O PROJETO AMINHA HISTÓRIA, A SUA HISTÓRIA: CONSTRUINDO HISTÓRIAS é um projeto de carácter experimental voltado para crianças, que fica disponível em dois dias da semana nos períodos matutinos e vespertinos com carga horária de 12 horas semanais. O projeto terá ainda lanche para as crianças, atividades recreativas, possíveis passeios culturais como forma de estimulo e a permanência da criança no mesmo.
Mês |
Nº de encontros |
Temas |
Execução |
Fevereiro |
A definir |
Abertura das atividades |
Técnicas do CRAS e Educadora Social |
Março |
08 |
Dia Mundial da Água Páscoa Dia da Escola |
Educadora Social |
Abril |
08 |
Dia do Índio Descobrimento do Brasil Dia nacional da mulher |
Educadora Social |
Maio |
08 |
Dia mundial do trabalho Dia das mães |
Educadora Social |
Junho |
08 |
Semana do meio ambiente Festa junina |
Educadora Social |
Julho |
10 |
Dia do amigo Dia internacional da amizade Dia do bombeiro |
Educadora Social |
RECURSOS
- Material de Consumo
Todo tipo de material de limpeza, Material para foto, Guardanapos e copos descartáveis, Materiais de primeiros socorros, Bolas, camisetas, medalhas, etc.
- Material Pedagógico
Canetas coloridas, lápis, borrachas, apontadores, livros, papel ofício, cadernos, cola, xerox, papel pardo, cartolina, canetas, lápis de cor, fantoches, jogos lúdicos, livros de literatura infantil e outros.
- Alimentação
Bolachas, sanduíches, suco, iogurte, salada de frutas e outros.
- Transporte
Passeios e Deslocamento dos alunos.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Psicomotricidade,
Musicalização,
Dança,
Expressão Corporal,
Recreação,
Literaturas (Contação História),
Oficinas de Artes e Reciclagem,
Artes Cênicas (Teatro e Dramatização),
Abordagem dos Temas Transversais (Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural, Ética, Orientação Sexual).
AVALIAÇÃO
Este projeto considera que o importante nessa etapa do desenvolvimento das crianças ao qual irá atender, não é exatamente avaliar a criança somente, mas avaliar as situações de aprendizagem que foram oferecidas e como elas foram aproveitadas pelas crianças.
Para tanto, quando o educador observa que as crianças conseguiram atingir ou se aproximar de um objetivo, deve planejar outras atividades que enriqueçam e promovam novas conquistas a partir do que foi aprendido.
É muito importante que o Educador valorize as conquistas pessoais das crianças, ajudando-as a perceber seu desenvolvimento, mostrando-lhe como faziam antes e como fazem agora. Para isso deve ser feita sempre um levantamento inicial para saber qual o nível de conhecimento apresentado pelas crianças que estão participando do projeto. Porém, é preciso considerar que é necessário sempre se levar em consideração os estágios em que as crianças se encontram. E ao mesmo tempo ter em mente um olhar desprovido de preconceitos e rótulos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1981.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Educar para ser. Petrópolis, RJ: Vozes,
2005.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. 7º ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2001.
VALENTE, Ana Lucia. Educação e diversidade cultural: Um desafio da atualidade. São Paulo: Moderna, 1999.
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